A ameaça é real: analistas acreditam que Putin pode cruzar a linha nuclear.
Após a bem-sucedida Operação Web — ofensiva ucraniana que destruiu dezenas de aeronaves militares russas em território inimigo — cresce o temor global de uma retaliação nuclear por parte do Kremlin. Analistas alertam: “a Rússia está ferida muito mais gravemente do que o Kremlin jamais poderia imaginar”, e Vladimir Putin teme, acima de tudo, parecer fraco.
De acordo com especialistas, a retribuição é considerada inevitável. A aposta de Putin pode recair sobre armas nucleares táticas, na tentativa de demonstrar força e “invencibilidade” — uma forma de forçar a rendição da Ucrânia e colocar pressão psicológica sobre o Ocidente.
Contudo, a Europa não possui uma dissuasão nuclear eficaz. O Reino Unido foi duramente criticado por desmantelar seu antigo arsenal de armas nucleares táticas. Hoje, sua única opção é um míssil estratégico de destruição em massa, considerado inadequado para qualquer retaliação proporcional, pois sua utilização levaria a um holocausto global.
A França, por sua vez, ainda possui armas táticas, mas seu uso está condicionado apenas à autodefesa. Já os Estados Unidos e a China alertaram Moscou diversas vezes contra o uso dessas armas. Ainda assim, especialistas observam que, diante da memória da presidência de Donald Trump — marcada por hesitação em defender a Europa —, Putin pode considerar que esse é o momento oportuno para agir.
Os Quatro Cenários Nucleares Possíveis de Putin
Ataque à Linha de Frente Ucraniana
O cenário mais provável: um ataque com ogiva tática contra concentrações de tropas e blindados. Mesmo que ocorra em região de baixa densidade populacional, o efeito psicológico será devastador.
Bombardeio a um Aeródromo Ucraniano
Uma possível retaliação direta à destruição de bombardeiros russos. Um ataque desse tipo poderia atingir militares da OTAN presentes em funções de apoio, elevando o risco de escalada.
Explosão em Usina Nuclear
O mais alarmante dos cenários: o ataque intencional a uma usina nuclear ucraniana. A precipitação radioativa superaria desastres históricos como Chernobyl, tornando-se uma tragédia ambiental de escala continental.
Ataque Direto a Uma Cidade
O cenário mais temido: um bombardeio nuclear em cidades como Odesa ou Kiev. As perdas humanas seriam incalculáveis. Ainda assim, há quem tema que a OTAN não reagiria militarmente, por receio de iniciar uma guerra global.
Em caso de ataque a uma cidade, os Estados Unidos provavelmente responderiam com um ataque nuclear cirúrgico à Rússia. O Reino Unido, aliado incondicional dos EUA, seria tragado para uma guerra aberta. Especialistas preveem sabotagens cibernéticas e físicas à infraestrutura britânica como resposta imediata.
O artigo conclui com um alerta: essa vulnerabilidade é resultado da falta de investimentos estratégicos em defesa. A previsão britânica de atingir apenas 3% do PIB em gastos militares até 2034 é amplamente criticada. "Estamos tão indefesos contra armas nucleares táticas quanto a própria Ucrânia", adverte um analista militar.
Convite para o Próximo Artigo
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